Cristina Maria Rosa
Há quem diga que não é necessário.
Há quem diga que é imprescindível.
Minha experiência indica que a utilização
de personagens para cativar, para chamar a atenção de crianças para a leitura
literária é um dos modos de conexão com o repertório imaginário construído por aqueles
que nos antecederam na alfabetização literária das crianças.
Se avós falaram em fadas, se mães mencionaram
duendes, se uma professora apresentou João, Maria e os doces encontrados na
casa da Bruxa na floresta, se um irmão mais velho leu Rosa Maria no Castelo Encantado,
de Erico Verissimo para a irmã mais nova, legou a essas crianças parte
dos atributos de cada um desses incríveis e encantadores personagens.
A nós, que escolhemos nos parecer
com eles, basta “surfar”, ou seja, usufruir do medo, da magia, do encanto, do
receio, do inusitado que é ter, diante de si, uma “verdadeira” fada, uma “tenebrosa”
bruxa, um "misterioso" lobo.
Na escola
Quando a personagem entra na escola,
ela recebe das crianças o acúmulo de sensações recebidas via experiências anteriores.
E nos ofertam essas sensações como links para...
Ler mais!
Ler mais!
É o bilhete de ingresso.
A permissão para ser extremadamente
boa, como a Fada, malévola, como a Bruxa, misterioso, como o Lobo.
Personagens lúdicos são importantes?
Personagens são links que
encontramos para nos comunicar de imediato com as crianças. Conhecidos, os
personagens por nós escolhidos nos conectam imediatamente com elas e elas, as crianças, com o lúdico que nas personagens habita.
Em cada personagem existe um mundo repleto de imagens, emoções, enigmas, sentimentos, roteiros, intrigas, desafios, desfechos...
Crianças são hábeis no trato com a imaginação.
E a imaginação não tem limite!
Não as subestimemos!
E a imaginação não tem limite!
Não as subestimemos!
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