quinta-feira, 12 de novembro de 2020

Repertório literário de estudantes de Pedagogia em 2020

 

Repertório literário de estudantes de Pedagogia

Cristina Maria Rosa

 

Quais narrativas, lendas, contos e poemas leram os estudantes recém-chegados à Universidade? Quais gêneros literários integram o repertório de estudantes de Pedagogia?

Matriculados em Teoria e Prática Pedagógica I, uma disciplina que dá início ao estudo de temas que são a “coluna vertebral” da licenciatura, a tarefa foi sugerida pela docente e entregue pelos estudantes no dia 12 de novembro.

Conheça o repertório de parte dos estudantes, lendo a lista a seguir, organizada em ordem alfabética. Ao lado do título, quantas vezes foi mencionado.

Repertório literário: o que é isso?

Repertório é um grupo de informações literárias pessoal, único, formado ao longo do tempo em que herdamos, produzimos e utilizamos informações, emoções, memórias, palavras, inventos. É diferente de acervo, embora tenha algumas semelhanças...

Repertório é o grupo de emoções e informações literárias que acumulamos ao longo da vida e que dão sentido ao que chamamos “literatura em minha vida”.

No dicionário, repertório significa “conjunto, índice, aglomerado, coletânea, compilação, coleção, grupo de saberes sobre algo”. Mas também, “conjunto de experiências de vida que cada um de nós possui”. No caso de repertório literário, é o conjunto de experiências literárias que temos e consideramos importantes, imprescindíveis para o letramento.

Assim, desde o primeiro contato com o livro e seu significado até a escolha por gêneros e autores prediletos há um longo processo de alimentação do que se conhece por repertório. Ele é infinito, nem sempre passível de ser descrito, mas reverbera em nossa vida para sempre. Importante antes, durante e posteriormente à escola.

Bônus

Leia mais sobre o tema Acervo X Repertório em: http://crisalfabetoaparte.blogspot.com/2017/06/repertorio-e-acervo-indispensaveis.html

O repertório dos estudantes em novembro de 2020

Indicados como “livros que lembro ter lido na infância”, “minha lista de livros” ou “livros que eu li”, a tarefa foi muito bem realizada. Um dos estudantes destacou nunca ter sido “um bom leitor”. Apesar disso, listou os livros que lembrou “ter lido ou ouvido a história”. E uma das futuras professoras declarou: “Cada história literária que conheço, por mais que não seja a quantidade que gostaria (queria ter lido muito mais), é de extrema importância para a minha vida”.

Ao apresentar sua lista, uma estudante escreveu: “livros infantis que li para mim e, posteriormente, para minha filha quando pequena”. Esta declaração indica que um repertório pode ser uma herança cultural, passando de geração em geração.

Listo a seguir, “os livros de literatura infantil” ou outros, não infantis, que integram o repertório literário de meus alunos na Disciplina TPP I, da Licenciatura me Pedagogia no 1º semestre de 2020.

A arca de Noé, A barraca do beijo, A bela adormecida (3), A bela e a fera (5), A Cabana, A Cigarra e a Formiga, A culpa é das estrelas (3), A história de uma bicicleta, A menina dos fósforos, A menina que roubava livros (2), A Moreninha, A pequena sereia (3), A princesa e a ervilha, A princesa e o sapo, A raposa e as uvas, Acertando minhas finanças, Ainda sou eu, Anne da ilha, Anne de avonlea, Anne de Green gables, As 4 vidas de 1 cachorro e As mulheres nazistas. Na letra “A” ainda apareceu: A 5 passos de você. E Iniciando com número o título “500 dias sem você”.

Iniciando com a letra “B” foram citados: Bambi, Branca de Neve (4), Branca de Neve e os sete anões (4) e Btk máscara da maldade. Com a letra “C”, Cachinhos Dourados (2), Casa de pensão, Chapeuzinho vermelho (7), Cidades de Papel, Cinderela (8), Coleção Feras Futebol Club e Como eu era antes de você (3).

Títulos com a letra “D” foram: De repente Ana, Depois de você; Diário de um adolescente hipocondríaco, Diário de um mago, Dom Casmurro, Dom Quixote e Dumbo. Extraordinário, H. H. Holmes, o maligno e Iracema representaram títulos iniciados pelas letras “E”, “H” e “I”. Na letra “J”, mencionados foram: João e Maria (2), João e o pé de feijão (2). Marcelo, marmelo, martelo, Menina bonita do laço de fita e Meninos sem pátria representaram as lembranças iniciadas com a letra “M

Os títulos iniciados pela letra “N” foram: Na beira do rio Piedra eu sentei e chorei, Não olhe para trás, Não se apega não, Não se iluda e Negrinha.

Iniciados com a letra “O” estão nesta lista – que representa o repertório de licenciandos em Pedagogia os seguintes títulos: O alquimista, O amor venceu, O cortiço, O diário de Anne Frank (2), O gato de botas, O homem do saco, O jogo perfeito, O Mágico de Oz (3), O menino do pijama listrado, O menino maluquinho (3), O meu pé de laranja lima, O patinho feio (6), O pequeno príncipe (2), O som do amor, O tempo e o vento, Orgulho e preconceito e Os três porquinhos (9).

Quando o titulo lembrado e/ou lido inicia com a  letra “P”, apareceram: Peter Pan (2), Piano vermelho, Pinóquio (8), Português ou brasileiro?. E, com a letra “Q”, os seguintes: Quando o passado não passa, Quatro vidas de um cachorro, Quem é você Alaska? (3) e Querido John.

Iniciados pelas letras “R”, “S”, “T”, “U” e “V” os títulos foram: Rapunzel (8), Se abrindo para a vida, Sherlock Holmes, Simplesmente Ana, Skull a caveira de cristal, Tenha Sucesso Sendo Você Mesmo, Tudo e todas as coisas, Um capeta na vila da fumaça, Um mais um, Um porto seguro e Vale do arco-íris.

Livros e seus autores...

Entre o grupo de memórias que integram o repertório de meus alunos, alguns livros foram citados acompanhados de seus autores. São eles: A culpa das estrelas, de John Green, A mulher que matou os peixes, de Clarice Lispector, A parte que falta, de Shel Silverstein, Chapeuzinho Amarelo, de Chico Buarque; Diana, de Andrew Norton, Dom Casmurro, de Machado de Assis, Enola Holmes, de Nancy Springer, Extraordinário, de R.J. Palacio, Na minha pele, de Lázaro Ramos, O menino do pijama listrado, de John Boyne, O pequeno príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry, O tempo e o vento, de Erico Verissimo e Rita Lee: autobiografia.

Outros...

Os licenciados mencionaram ainda, ter lido “diversos gibis da Turma da Mônica”, “algumas biografias”, “romances, como Sabrina e Bianca” e “uma infinidade de  gibis e jornais”.

Agradeço a todos pela tarefa cumprida e desejo novas e instigantes leituras...

 

sexta-feira, 6 de novembro de 2020

Literatura enquanto construção literária de sentidos...

 

A construção do termo Letramento Literário

Cristina Maria Rosa

 

Na manhã de 06 de novembro, nos reunimos para conhecer, aprofundar e comemorar a presença de Graça entre nós.

O convidado, Rildo Cosson, em sua fala, lembrou-nos de como Graça e ele redigiram o conceito de Letramento Literário[1], a partir de um convite de Regina Zilberman e Tania Rösing à Graça. Isto em 2009. Rildo ressaltou:

Como Graça havia cunhado o termo, cabia a ela, escrever. Generosa, me convidou. Fizemos um rascunho. E... Começamos a escrever. A definição, o termo, o conceito e outra parte, o letramento literário na escola.

 

E...

Atentamos os ouvidos para receber as memórias de Rildo, que, imediatamente, leu para nós a primeira linha do conceito de Letramento Literário. Aquele que está registrado no Glossário CEALE (2014), ás páginas 186 e 187: “Letramento literário é o processo de apropriação da literatura enquanto linguagem”.

E nos indicou que, cada palavra, foi discutida intensamente, com Graça. Aos poucos, foi explicitando como cada uma das palavras dessa frase – processo de apropriação da literatura enquanto linguagem – foi sendo inserida. Assim:

1.   Processo, no sentido de ação continuada, permanente. Não é habilidade, algo automatizado... É um processo que não começa e nem termina na escola. É um processo social, de apropriação...

2.  Apropriação, no sentido de tornar próprio, incorporar, tornar seu o que recebes, pois não tem leitura igual para o mesmo texto. Cada leitor tem seu universo literário e participa da manutenção/transformação – o movimento da literatura – da literatura em seu contexto. A literatura está sempre se movimentando, em transformação, as pessoas é que fazem a literatura se movimentar. É o leitor que faz a literatura existir, se o leitor não se apropria, ela desaparece!

3.      Literatura enquanto construção literária de sentidos, pois a Literatura não é um apanhado de textos: é um modo de ler e é ter um repertório cultural.

Neste momento, Rildo revelou como, hoje, observa essa imensa contribuição de Graça. Ele destacou:


Graça postulava, insistia, redizia, teimava: Construção literária de sentidos! Pleonasmo, eu pensava. Ela: “Não! Tem que...” Graça tinha razão. Aceitei. Mais tarde, percebi que Graça tinha razão. A construção é singular, própria da literatura, essa é a grande contribuição da Graça. Construção literária de sentidos, pois Graça denunciava a dificuldade que as pessoas tinham de ler literariamente a literatura!

 

Dois conceitos?

Para Rildo, há dois conceitos. Um, genérico, que se refere ao letramento que se faz com textos literários. Outro, o conceito profundo, para o qual o letramento é uma apropriação singular, única, de construção própria de sentidos. É o que faz a literatura ser diferente de todas as outras maneiras que usamos para ler e ler outros textos. E é por isso que precisa ser ensinada, para que se adquira o “traquejo”, uma das palavras que Rildo atribuiu ao repertório de Graça Paulino.



[1] PAULINO, G. Cosson, R. Letramento Literário: para viver a literatura dentro e fora da escola. ZILBERMAN, R.; RÖSING, T. Escola e Leitura: velha crise, novas alternativas. São Paulo: Global, 2009.

Graça não veio ao mundo a passeio...

 

Graça: uma pessoa da ação e da imaginação literária

Cristina Maria Rosa

 

Na manhã de 06 de novembro, nos reunimos para conhecer Graça mais profundamente.

Foi o primeiro de um ciclo de encontros que pretende afirmar e evidenciar a presença de Graça Paulino na pesquisa, no ensino e na extensão, evento criado para conhecer, aprofundar e comemorar a presença de Graça entre nós, que a amamos.

Telma Borges, logo no início, nos dirigiu emocionantes palavras lembrando de Graça e de quem a encontrou na vida...

Nós...

Cada um de nós que teve a oportunidade de ler, ser aluno, orientando, amigo e até parceiro de produções científicas.

O evento...

Presentes, em torno de 70 pessoas dos grupos GPELL (FaE/UFMG), GELL (FaE/UFPel), LLEME (CEFET/MG), além de convidados (orientandos e admiradores da obra de Graça).

Em seu discurso de abertura, Zélia Versiani, emocionada, agradeceu a parceria e nos brindou com sua memória de episódios vividos com Graça:


A Graça é uma pessoa que não veio ao mundo a passeio, embora gostasse muito de viajar. Em Lisboa, em um congresso, convidou-me a comer ‘sardinha com batata ao muque’ em uma cantina que conhecia. Inúmeras voltas em círculos, naquelas ruazinhas, mortas de fome e cansaço, por fim encontramos a cantina. Graça era assim... Não desistia facilmente de seus projetos. A longevidade do GPELL deve-se a sua perseverança. Deixou-nos de herança o GPELL! Graça e o GPELL estão entrelaçados de tal modo!

 

Por fim, Zélia mencionou a preparação a uma viagem que não houve: à Havana, junto com Aracy. E, em frase emblemática, que todos entendemos, criou uma imagem de Graça que também perdura em mim: “Graça, nas suas andanças, se transformava em personagem...”.

Rildo recebe a palavra...


“Essa, para mim, será uma fala muito emotiva, que vai envolver muitas emoções...”

 Ao rever muitos e-mails trocados com Graça, Rildo notou que, ao fim deles, Graça escrevia: “Abracin”. Mineiramente, acarinhava Rildo e o convidava a voltar ao diálogo.

Anunciando-se privilegiado por integrar o GPELL e o CEALE, Rildo nos convidou a conversar, uma vez que estávamos entre pares e amigos. Disse: “Não é fácil falar de amigos entre amigos”.

E revelou...

 

Graça e eu fomos amigos. Fomos amigos sinceros. Amizade intensa, de cunho pessoal, de trocas, de confidências, de vida... Graça me recebeu na UFMG. Graça, Aracy e Marildes foram os pilares que me incluíram no GPELL e CEALE. Graça me apadrinhou na Pós-Graduação. Criou uma disciplina para eu dar com ela na Pós-graduação. Escrevemos livros juntos a partir de seminários na ABRALIC, em 2000 ou 2001, seminários sobre ensino de literatura...

 

Rildo e as discussões acaloradas

Todos que conhecem Graça sabem que ela adorava uma discussão acalorada, embora, às vezes, um simples balançar de cabeças indicava sua posição.

Com “apreço grande pelas ideias de Graça e seu pensamento”, Rildo revelou que “concordávamos e discordávamos de muitas coisas...”. E indicou como selecionou o que se tornou o foco de sua fala no evento: “Eu poderia falar de muitas coisas: leitura de filmes, textos, livros, projetos que não concretizamos, mas, vou me deter em um texto que escrevemos juntos e que foi publicano no livro de Regina Zilberman”. Nele, pela primeira vez, o conceito de letramento literário.

Um “fato anterior”...

Ocorrido antes desse momento de escrita e publicação, Rildo narrou o processo de decisão do título de seu livro – Letramento literário: teoria e prática, cujo título inicial era “Construindo uma comunidade de leitores...”.

Como a Editora que o publicou sugeriu a troca de título, Rildo consultou Graça, que cunhou o “verbete”. E lembrou que, ele e Graça, discordavam do termo letramento literário e dos sentidos do termo. Indicou, como hipótese para essas discordâncias, suas formações acadêmicas e a diferença geracional: Graça advinha da Teoria da Literatura, da Sociologia da Literatura e suas referências eram em Francês; Rildo, da Literatura Comparada e da escola inglesa. Atribuiu a essas influências o uso diversificado do termo, mesmo no GPELL.

Juntos, Graça e Rildo decidem que chegar a um acordo que definisse ou servisse de base “às meninas do GPELL”, nas palavras de Graça, segundo Rildo. A motivação que deu origem ao “acordo” foi a necessidade que Rildo teve de reconfigurar o título de seu livro. Foi, “a partir daí”, de acordo com Rildo, que Graça e ele começaram a discutir “oficialmente” sobre o termo.

Um convite para Graça

Rildo, em sua fala, lembrou a todos que Graça havia recebido um convite para publicar algo com Zilberman (UFRGS) e Rösing (UPF). O foco era escrever sobre o Letramento Literário[1]. Generosamente, Graça estendeu o convite a Rildo. Ele ressaltou: “Como Graça havia cunhado o termo, cabia a ela, escrever. Generosa, me convidou. Fizemos um rascunho. E... Começamos a escrever. A definição, o termo, o conceito e outra parte, o letramento literário na escola”.

Rildo ressaltou que Graça argumentava acerca da questão/situação da escola, do letramento na escola, e que essa era a questão mais importante. Em suas palavras: “A grande preocupação era a escola, ela era mais educadora do que eu”.



[1] PAULINO, G. Cosson, R. Letramento Literário: para viver a literatura dentro e fora da escola. ZILBERMAN, R.; RÖSING, T. Escola e Leitura: velha crise, novas alternativas. São Paulo: Global, 2009.

quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Um dia para a língua portuguesa...

 


Dia Nacional da Língua Portuguesa

Paloma Wiegand

 

O dia de hoje, 05 de novembro, é dedicado à comemoração do idioma falado, escrito, lido e entendido no Brasil: a língua portuguesa. Praticado em muitos países e em três continentes, o Português tem, desde 2006, no Brasil, um Decreto (lei nº 11.310) que o valoriza.

Língua, linguajar, fala, expressão, dialeto, idioma, linguagem: todos esses termos se referem a parte da cultura de um povo. A língua – de acordo com Marcos Bagno, 2014 – pode ter definição “vaga e imprecisa, impregnada de mitos culturais e preconceitos sociais, decorrentes de longos processos históricos, específicos a determinado povo, nação ou grupo social”. Mas também, em uma “perspectiva mais recente”, a língua é considerada em “seus aspectos semânticos, pragmáticos e discursivos”. Leia o que Bagno (2014) escreveu no Glossário CEALE sobre o ponto de vista semântico:

 

Segundo essa abordagem, só existe língua em interação social, de modo que é preciso examinar e compreender os processos envolvidos na produção de sentido que se dá toda vez que falamos e/ou escrevemos. Aqui a língua não é uma entidade abstrata: ao contrário, ela é vista como uso concreto, uso que se faz sempre e inevitavelmente na forma de um discurso que se molda segundo as convenções dos múltiplos gêneros que circulam numa sociedade-cultura.

 

E os textos – falados e escritos –, o que seriam nessa concepção? Para Bagno (2014), “são molduras linguísticas em que os enunciados se interconectam (por meio de fatores como coesão e coerência, entre outros) para conferir sentido ao discurso expresso como gênero textual”.  E, por isso, é uma abordagem que agrega três aspectos:

ü  Semântica, que analisa o sentido (e não o significado abstrato) que os enunciados adquirem nos discursos particulares;

ü  Pragmática, que investiga as intenções subjacentes à situação daquele uso específico das palavras, das construções sintáticas e das propriedades textuais;

ü  Discursiva, porque tenta depreender as crenças sociais, os valores culturais e as ideologias que subjazem aos enunciados concretos.

 

Situando

A escolha da data – 05 de novembro – é também uma homenagem ao escritor e político brasileiro Ruy Barbosa, que nasceu em 5 de novembro de 1849, e é considerado um grande estudioso da língua portuguesa.

A celebração da Língua Portuguesa – quinta mais falada no mundo, terceira no hemisfério ocidental e a mais falada no hemisfério sul – também ocorre em 5 de maio e em 10 de junho, evidenciando seu valor .

Países

Nove são os países que adotam o português como idioma oficial: Brasil, Portugal, Angola, Cabo Verde, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste, Guiné Equatorial, e Guiné-Bissau. Por falar nisso, tu sabias que São Paulo, a capital do Estado de São Paulo é considerada a cidade com maior concentração de falantes de português no mundo inteiro? É lá, inclusive, na capital paulista, que se localiza o Museu da Língua Portuguesa. Se quiser conhecer, clique aqui: https://www.museudalinguaportuguesa.org.br/?gclid=EAIaIQobChMIppmE8-3r7AIViguRCh11cQUfEAAYASAAEgLYm_D_BwE

 

Expressões...

Dentre as muitas possibilidades para homenagear uma língua, um idioma, lembre das canções, hinos, poemas...

E as peças teatrais, os vídeos, os filmes.

Na verdade, são incontáveis as opções disponíveis para explorar os diversos modos de falar a de escrever uma língua.

Na escrita, um dos modos de torná-la mais permanente, há diversos gêneros que a representam: narrativas, novelas, contos – se for escrita literária – e cartas, jornais, livros didáticos, contratos, bulas, receitas e manuais, se for escrita coloquial e informativa.

Mas, se o teu objetivo é realmente conhecer, explorar, ou aprender melhor o idioma, é recomendável consultar...

Dicionários!

São livros que agregam sabor e saber ao conhecimento que já temos.

E o expandem!

Português: o que é isso?

Estudar a língua não é "chato", como costumam falar por aí...

Vou te dar um exemplo.

Quando eu era pequena, uma de minhas professoras me contou uma história.

Sobre dicionários...

A figura central da his´toria – a personagem principal – mera o pai. Da professora. Ela, a professora – a narradora – disse que ele, o pai, "todos os dias, pensando em conhecer uma palavra nova, abria o dicionário aleatoriamente e, de olhos fechados, ali pousava o dedo. Ao abrir os olhos, lia a palavra encontrada. Em voz alta!”.

Mas há outros meios de estudar nossa língua.

Quem estuda para ser professor, quem está matriculado em uma Licenciatura, pode recorrer a dicionários temáticos. Um que conheço é o Glossário CEALE. Se ainda não conheces, clique aqui:

http://www.ceale.fae.ufmg.br/app/webroot/glossarioceale/


Origem

A língua portuguesa resulta de uma transformação do latim vulgar (uma das variantes da língua romana) e do galego (falado na província da Galícia – situado atualmente em território espanhol). O idioma falado no Brasil atualmente, desde que aqui chegaram os portugueses, ganhou sons, vocábulos e significados com as demais línguas praticadas nesses 520 anos de história.

Quais línguas? As dos povos originários – os indígenas que aqui viviam e os africanos que para cá foram traficados.

Depois de tanto tempo e apesar de ainda sermos um país de muitas línguas – há línguas dos povos originários que sequer conhecemos e a LIBRAS – temos como oficial, o idioma português.

E é em português que escreveram poetas, romancistas, historiadores. Antropólogos, jornalistas e professores.

Alguns se tornaram clássicos...

Queres conhece-los?

É só clicar aqui: https://www.revistabula.com/647-100-livros-classicos-para-download/

A língua portuguesa é de todos, para todos.

Feliz dia Nacional da Língua Portuguesa!

Queres dar tua contribuição?

Comenta aqui.

Gratidão!

Alfabeteando...

Um "Alfabeto à parte" foi criado em setembro de 2008 e tem como objetivo discutir a leitura e a literatura na escola. Nele disponibilizo o que penso, estudos sobre documentos raros e meus contos, além de uma lista do que gosto de ler. Alguns momentos importantes estão aqui. 2013 – Publicação dos estudos sobre o Abecedário Ilustrado Meu ABC, de Erico Verissimo, publicado pelas Oficinas Gráficas da Livraria do Globo em 1936; 2015 – Inauguração da Sala de Leitura Erico Verissimo, na FaE/UFPel; 2016 – Restauro e ambientação da Biblioteca na Escola Fernando Treptow, inaugurada em 25 de novembro; 2017 – Escrita da Biografia literária de João Bez Batti, a partir de relatos pessoais. Bilíngue – português e italiano – tornou-se um E-Book; 2018 – Feira do Livro com Anna Claudia Ramos (http://annaclaudiaramos.com.br/). 2019 – Produção de Íris e a Beterraba, um livro digital ilustrado por crianças; 2020 – Produção de Uma quarentena de Receitas, um livro criado para comemorar a vida; 2021 – Ruas Rosas e Um abraço e um chá, duas produções com a UNAPI; 2022 – Inicio de Pesquisa de Pós-Doutorado em acervos universitários. Foco: Há livros literários para crianças que abordem o ECA? 2023 – Tragicamente obsoletos: Publicação de um catálogo com livros para a infância.

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