quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Alfabetização literária na escola: urgente e imprescindível!

Na última semana de setembro, entre os dias 25, 26 e 27 de setembro ocorre, no Auditório do CEHUS – Centro de Pós-Graduação e Pesquisas em Ciências Humanas, Sociais, Sociais aplicadas, Artes e Linguagem – o Seminário Pesquisa e Práticas em Discussão II.
Organizado pelas docentes Ana Ruth Moresco Miranda e Marta Nörnberg, o objetivo do evento é socializar e discutir resultados parciais e finais de pesquisas e práticas conduzidas por bolsistas e pesquisadores do grupo GEALE, especialmente aquelas realizadas nos últimos cinco anos de atividades, período no qual esteve em andamento o projeto de pesquisa OBEDUC-Pacto/UFPel.
A dinâmica de atividades do Seminário contará com seções de apresentação oral das pesquisas, lançamento de livros, palestras, e apresentação do Sistema Vestígios – software que serve como repositório e ferramenta de análise do BATALE e do BTP.
Dentre os livros a serem lançados, teremos o E-book "Alfabetização e áreas de conhecimento: ensino, aprendizagem e formação de professores", no qul tenho um artigo publicado: Alfabetização literária na escola: urgente e imprescindível, no qual abordo a premência da alfabetização literária, um processo deliberado, frequente e qualificado de apresentação da leitura, seus atributos e ritos a todas as crianças e desde que iniciam sua vida escolar. Justifico a urgência fundada na certeza de que essa é uma habilidade referencial à vida dos humanos em sociedade, além de integrar os saberes docentes, qualificar o processo de aquisição da linguagem oral e inserir as crianças pequenas na cultura escrita.
Argumento que pesquisadores interessados no tema como Bartolomeu Campos de Queiros (2009), Beatriz Cardoso (2014), Lígia Cademartori (2014), Ana Maria Machado (2002), Graça Paulino (2014), Regina Zilberman (2003) e Tzvetan Todorov (2012), são unânimes em atribuir à escola o poder e o dever de ensinar a amar a literatura e é, dialogando com as ideias desses que me antecedem, que preconizo o conhecimento dos termos alfabetização literária, literatura infantil e mediador e os relaciono com a formação do professor que atua na educação infantil e anos iniciais da escolarização. Além disso, evidencio similitudes e diferenças entre acervo e repertório literário e indico critérios para a escolha de obras que devem ser disponibilizadas aos pequenos na escola.

Créditos:
Evento: Seminário Pesquisa e Práticas em Discussão II. 
Datas: 25, 26 e 27 de setembro de 2018
Local: Auditório do CEHUS – Centro de Pós-Graduação e Pesquisas em Ciências Humanas, Sociais, Sociais aplicadas, Artes e Linguagem da UFPel. Alberto Rosa 151.

terça-feira, 18 de setembro de 2018

Leitura e escrita literária na UNATI: Chapeuzinho Vermelho


Na sexta, dia 14 de setembro, teve início mais uma incursão de estudantes integrados à UNATI/UFPel. Foi na disciplina Leitura e Escrita Literária que será desenvolvida entre Setembro e dezembro de 2018 pela Docente Cristina Maria Rosa, tendo como Monitoras as estudantes Cláudia Sousa e Fernanda Santos e contando com a colaboração das estudantes Ieda Kurtz e da Pedagoga Érica Machado Leopoldo.
A disciplina terá como foco o estudo de um acervo que integra como fonte criativa, um projeto de escrita literária para adultos que frequentarão a disciplina Literatura II na UNATI. Trata-se de literatura produzida para pensar, apreciar e se aventurar a escrever textos de diferentes gêneros.
A base teórica para o desenvolvimento da proposição são três obras de autores que se dedicam a formar novos escritores: Luís Augusto Fischer, Graça Paulino, Jane Tutikian e Pedro Gonzaga.
Como argumento, a docente, no primeiro dia de aula, após a leitura do programa, informou aos estudantes que não há uma “fórmula” do “escrever bem”, mas existe, sim, o conjunto de referências que podem desencadear um processo de registro de diferenciados gêneros literários como o poema, a biografia, o conto e o romance.
Nesse processo, conta e muito, a formação do leitor que deseja escrever. A “dica” é aliar observação criteriosa ou mesmo desavisada a uma escuta atenta do que nos ocorre, todos os dias. E, logo, por em prática – descrever, narrar, recontar, comentar, avaliar, criticar, rir – a ideia ou motivação que se originou dessa “escuta”.
O que é escrever?
Para Cristina Rosa, docente da disciplina, a prática da escrita nada mais é do que – com um léxico e uma gramática mais uma pitada de estilo – uma maneira de existir no mundo. Peculiar, única, incomparável, portanto. O “domínio da técnica narrativa” é um exercício constante e desafiador que poucos afirmam ter, mesmo os grandes escritores. 
A primeira tarefa:
Após a leitura Le petit Chaperon Rouge, conto de fadas de origem europeia publicado pela primeira vez em 1697, pelo francês Charles Perrault, em voz alta pela professora, cada estudante foi convidado a elaborar um bilhete anônimo, a ser enviado à mãe de Chapeuzinho Vermelho, relatando o encontro dela com o lobo na floresta.
Em breve, os bilhetes escritos...

Referências
FISCHER, Luis Augusto. Filosofia Mínima: ler, escrever, ensinar e aprender. Porto Alegre, Editora Arquipélago, 2011;
PAULINO, Graça. Literatura: participação e prazer. São Paulo, Editora FTD, 1987.
TUTIKIAN, Jane e GONZAGA Pedro. Escreva! Guia de Escrita Criativa. Porto Alegre: Editora Leitura XXI, 2015.









Alfabeteando...

Um "Alfabeto à parte" foi criado em setembro de 2008 e tem como objetivo discutir a leitura e a literatura na escola. Nele disponibilizo o que penso, estudos sobre documentos raros e meus contos, além de uma lista do que gosto de ler. Alguns momentos importantes estão aqui. 2013 – Publicação dos estudos sobre o Abecedário Ilustrado Meu ABC, de Erico Verissimo, publicado pelas Oficinas Gráficas da Livraria do Globo em 1936; 2015 – Inauguração da Sala de Leitura Erico Verissimo, na FaE/UFPel; 2016 – Restauro e ambientação da Biblioteca na Escola Fernando Treptow, inaugurada em 25 de novembro; 2017 – Escrita da Biografia literária de João Bez Batti, a partir de relatos pessoais. Bilíngue – português e italiano – tornou-se um E-Book; 2018 – Feira do Livro com Anna Claudia Ramos (http://annaclaudiaramos.com.br/). 2019 – Produção de Íris e a Beterraba, um livro digital ilustrado por crianças; 2020 – Produção de Uma quarentena de Receitas, um livro criado para comemorar a vida; 2021 – Ruas Rosas e Um abraço e um chá, duas produções com a UNAPI; 2022 – Inicio de Pesquisa de Pós-Doutorado em acervos universitários. Foco: Há livros literários para crianças que abordem o ECA? 2023 – Tragicamente obsoletos: Publicação de um catálogo com livros para a infância.

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