A partir de estudos iniciados em 2015 com bebês desde o nascimento, pretendo
descrever a “educação para o gosto” ofertada a um grupo de bebês que,
aleatoriamente, foram sendo incorporados à investigação.
Parto do princípio de que a leitura, habilidade adquirida
de crucial importância para a vida dos humanos em sociedade, deve ser
apresentada à infância logo que nossos filhotes indiquem suportar a própria
cabeça: quando conseguem ficar eretos, sentados sozinhos ou em nossos colos. É
nesse momento que podem ser apresentados ao comportamento leitor que é aqui
descrito como um grupo encadeado de atitudes que se sucedem e do qual faz parte
o observar, ouvir, conter, abrir, folhear, ler, preservar, fechar e guardar.
Se bebês não têm manual de uso, como muitos de nós
poderíamos desejar, por que não apresentar a eles o livro e a literatura desde
tenra idade e em seus atributos? Por que não inseri-los no mundo da cultura
letrada desde os primeiros contatos? Argumento que essa “apresentação”, no
entanto, não pode ser eventual, aleatória, desorganizada, espontânea.
Como fonte teórica para o diálogo com as descobertas que
realizo desde maio de 2015, utilizei-me de pensadores para quem as práticas formadoras
do leitor são definidas pelo conteúdo – o que ler – e pelos procedimentos ou “como”
ler. No primeiro aspecto, Cademartori (2014), Machado (2002), Paulino (2014) e
Zilberman (2005), concordam que o texto literário deve ser ponto de partida
para a alfabetização literária.
Com relação aos procedimentos, Tzvetan Todorov (2010) nos ensina que a principal função de um professor é iniciar os seus “nessa parte tão essencial de nossa existência que é o contato com a grande literatura” e que à escola deveria “ensinar os alunos a amar a literatura”. Entre os resultados, meninas e meninos bem pequenos e seus modos de ler literatura.
Com relação aos procedimentos, Tzvetan Todorov (2010) nos ensina que a principal função de um professor é iniciar os seus “nessa parte tão essencial de nossa existência que é o contato com a grande literatura” e que à escola deveria “ensinar os alunos a amar a literatura”. Entre os resultados, meninas e meninos bem pequenos e seus modos de ler literatura.
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