terça-feira, 12 de maio de 2020

Literatura em tempos remotos...


Literatura na UNAPI:
Contos Brasileiros
Cristina Maria Rosa

Ação desenvolvida pelo PET Educação considerada de extrema valia para os estudantes da Pedagogia que integram o grupo e, neste momento, em especial é a formação docente para públicos diferenciados como idosos e, também, mães e demais familiares de crianças em idade escolar.
O aprendizado, neste momento, investe-se de relevância por demandar o conhecimento e uso, intenso e qualificado de meios (ferramentas e modos) de intervir na realidade de quem está em casa, isolado ou em grupo. De forma on-line, a intervenção prescinde de receptividade, aceitação e a capacidade de conexão de cada um dos agentes envolvidos.
Um dos programas criado em tempos de afastamento social por efeitos da COVID-19 foi a criação de um Grupo de Literatura para todos os idosos que já frequentaram uma ou mais salas de aula de Literatura na UNAPI, a Universidade Aberta a Pessoas Idosas da UFPel.
Tendo iniciado o trabalho com esse grupo em março de 2018, hoje já contabilizo quatros semestres desenvolvidos com um público fiel e leitor. Assim, não foi difícil reuni-los e agregá-los em torno da ideia de enviar dicas literárias durante o tempo que aguardaremos a reabertura da sala de aula, quando nos encontraremos, de novo, para ler juntos. E dialogar, rir, provocar uns aos outros com nossas controvérsias.

Descobrimos, juntos, que amamos Literatura. Especialmente, contos brasileiros, gênero predileto da turma e que tem muitos escritores como excelentes representantes.

Contos Brasileiros
Escrever ou ler um conto é, com certeza, um prazer que muitos brasileiros já conhecem.Temos, na história de nossa Literatura, a presença de muitos e bons contos, elaborados por excelentes escritores, de norte a sul do país. Temos, também, diversas tentativas de reunir os melhores em mais e mais antologias. Os autores dos "melhores" são, logo depois, procurados por ávidos leitores em busca de mais do mesmo: uma narrativa enxuta, com um início instigante, um ápice de tirar o fôlego e um desfecho sempre surpreendente. Essa uma fórmula imbatível. E não importa muito quantas palavras o autor utiliza para nos capturar para sempre. Em poucos parágrafos ou em algumas páginas, o segredo é enlaçar o desavisado ou experiente leitor para mais e mais...
Uma pesquisa recente
Em 2019, mais uma tentativa de definir quem são os melhores contistas da história da literatura brasileira ocorreu. E foi entre os leitores da Revista Bula que, entre os meses de março e outubro de 2019, responderam a uma enquete. Os resultados, que deveriam priorizar autores nascidos no Brasil ou naturalizados, teve como apoio o livro “Os Cem Melhores Contos Brasileiros do Século”, organizado por Ítalo Moriconi e publicado em 2000.
Quatro mil e trezentos colaboradores, assinantes ou seguidores da página da Revista Bula no Facebook participaram. Eles escolheram escritores das regiões Sudeste, Sul, Centro-Oeste e Nordeste.
Quem foi indicado? Lygia Fagundes Telles, conhecida como a “dama da literatura brasileira”, é considerada a maior escritora nacional viva. Nascida em 1923, em São Paulo, ela iniciou sua carreira aos 15 anos. Entre seus 20 livros de contos, os mais conhecidos são “Antes do Baile Verde” (1970), “A Estrutura da Bolha de Sabão” (1991) e “Invenção e Memória” (2000). Lygia ganhou várias honrarias importantes, como o Prêmio Camões e o Jabuti. Mas houve outros: Amilcar Barbosa, Antônio Carlos Viana, Caio Fernando Abreu, Clarice Lispector, Fernando Sabino, Guimarães Rosa, José J. Veiga, Lima Barreto, Machado de Assis, Moacyr Scliar, Monteiro Lobato, Murilo Rubião, Orígenes Lessa e Rubem Braga.
Manutenção do exercício intelectual
Manter, desde o início da pandemia, o contato e algum exercício intelectual vinculado à temática, áudios de primeiras páginas, sugestões de leitura, matérias sobre literatura e outras, concernentes ao tema, têm sido ofertadas ao menos duas vezes por semana para o gruipo de literatura da UNAPI. Eventualmente, alguma tarefa tem sido sugerida aos idosos que, muito entusiasmadamente, compartilham suas emoções e produções.
Como agregado a esse trabalho e por observar como o grupo está suportando a ausência da presença, que inventamos o grupo “Diário do cuidado: diálogos aos 60+”, organizado para intervir na prevenção de casos de depressão por solidão ou falta de atenção.

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Alfabeteando...

Um "Alfabeto à parte" foi criado em setembro de 2008 e tem como objetivo discutir a leitura e a literatura na escola. Nele disponibilizo o que penso, estudos sobre documentos raros e meus contos, além de uma lista do que gosto de ler. Alguns momentos importantes estão aqui. 2013 – Publicação dos estudos sobre o Abecedário Ilustrado Meu ABC, de Erico Verissimo, publicado pelas Oficinas Gráficas da Livraria do Globo em 1936; 2015 – Inauguração da Sala de Leitura Erico Verissimo, na FaE/UFPel; 2016 – Restauro e ambientação da Biblioteca na Escola Fernando Treptow, inaugurada em 25 de novembro; 2017 – Escrita da Biografia literária de João Bez Batti, a partir de relatos pessoais. Bilíngue – português e italiano – tornou-se um E-Book; 2018 – Feira do Livro com Anna Claudia Ramos (http://annaclaudiaramos.com.br/). 2019 – Produção de Íris e a Beterraba, um livro digital ilustrado por crianças; 2020 – Produção de Uma quarentena de Receitas, um livro criado para comemorar a vida; 2021 – Ruas Rosas e Um abraço e um chá, duas produções com a UNAPI; 2022 – Inicio de Pesquisa de Pós-Doutorado em acervos universitários. Foco: Há livros literários para crianças que abordem o ECA? 2023 – Tragicamente obsoletos: Publicação de um catálogo com livros para a infância.

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