domingo, 9 de fevereiro de 2025

Aprendizagens essenciais: um desejo

 

Aprendizagens essenciais: um desejo

Cristina Maria Rosa

A Base Nacional Comum Curricular, aprovada no país em 2017, é resultante de trâmites que envolveram diversos atores: professores, gestores, pesquisadores, estudiosos, juristas, entre outros. Ao fim de um período de estudos e proposições, o Ministério da Educação entregou ao Conselho Nacional de Educação o texto para que, em audiências públicas de caráter consultivo em Manaus, Recife, Florianópolis, São Paulo e Brasília, fossem colhidas contribuições para a elaboração final da norma.

A BNCC, como é conhecida, precisou do CNE – órgão normativo do sistema nacional de educação – que tem como dever apreciar (ler, compreender, avaliar e avalizar, de acordo com a Lei 9131/95) o “rascunho” para produzir um parecer com destino a um projeto de resolução que, ao ser homologado pelo Ministro da Educação, se transformou em norma nacional.

Assim, em uma forma simples de conceituar, a BNCC pode ser descrita como um documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico – pertinente e articulado – e progressivo (que se complexifica com o avançar dos anos de escolaridade), de aprendizagens essenciais que todos as crianças, adolescentes e jovens que estão inseridos no sistema de educação devem desenvolver ao longo das etapas (educação infantil, ensino fundamental e médio) e modalidades (EJA, educação especial, EAD, indígena, do campo, quilombola, bilíngue de surdos e profissional e tecnológica) da Educação Básica.

O foco dessa normativa é assegurar os direitos de aprendizagem e desenvolvimento, em conformidade com o que preceitua o Plano Nacional de Educação, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei no 9.394/1996) e a Constituição Federal de 1988.

Parecem muitas regras, pareceres, normativas? Todas elas são necessárias e, de algum modo, atualizam a pauta sobre o que devemos, como sociedade, oferecer às novas gerações em termos de escola, conhecimentos, habilidades, valores e atitudes. Orientado pelos princípios éticos, políticos e estéticos que visam à formação humana integral e à construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva, a BNCC foi elaborada e é destinada exclusivamente à educação escolar e integra as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica.

 

As consultas públicas

Nas reuniões que ocorreram em todo o país durante a apreciação da proposição, 235 documentos foram protocolados com contribuições recebidas no âmbito das audiências públicas, além de 283 manifestações orai, consideradas essenciais para que os conselheiros tomassem conhecimento das posições e contribuições advindas de diversas entidades e atores da sociedade civil e, assim, pudessem deliberar por ajustes necessários para adequar a proposta considerando as necessidades, interesses e pluralidade da educação brasileira.

No dia 15 de dezembro, o parecer e o projeto de resolução apresentados pelos conselheiros relatores do CNE foram votados em Sessão do Conselho Pleno e aprovados com 20 votos a favor e 3 contrários. Com esse resultado, seguiram para a homologação no MEC, que aconteceu no dia 20 de dezembro de 2017.

 

Valendo...

E no dia 22 de dezembro de 2017 foi publicada a Resolução CNE/CP nº 2, que institui e orienta a implantação da Base Nacional Comum Curricular a ser respeitada obrigatoriamente ao longo das etapas e respectivas modalidades no âmbito da Educação Básica.  Lembrando que a BNCC aprovada se refere à Educação Infantil e ao Ensino Fundamental, sendo que a Base do Ensino Médio será objeto de elaboração e deliberação posteriores.

Quer saber tudo sobre esta importante normativa?

Acesse http://portal.mec.gov.br/conselho-nacional-de-educacao/base-nacional-comum-curricular-bncc

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Alfabeteando...

Um "Alfabeto à parte" foi criado em setembro de 2008 e tem como objetivo discutir a leitura e a literatura na escola. Nele disponibilizo o que penso, estudos sobre documentos raros e meus contos, além de uma lista do que gosto de ler. Alguns momentos importantes estão aqui. 2013 – Publicação dos estudos sobre o Abecedário Ilustrado Meu ABC, de Erico Verissimo, publicado pelas Oficinas Gráficas da Livraria do Globo em 1936; 2015 – Inauguração da Sala de Leitura Erico Verissimo, na FaE/UFPel; 2016 – Restauro e ambientação da Biblioteca na Escola Fernando Treptow, inaugurada em 25 de novembro; 2017 – Escrita da Biografia literária de João Bez Batti, a partir de relatos pessoais. Bilíngue – português e italiano – tornou-se um E-Book; 2018 – Feira do Livro com Anna Claudia Ramos (http://annaclaudiaramos.com.br/). 2019 – Produção de Íris e a Beterraba, um livro digital ilustrado por crianças; 2020 – Produção de Uma quarentena de Receitas, um livro criado para comemorar a vida; 2021 – Ruas Rosas e Um abraço e um chá, duas produções com a UNAPI; 2022 – Inicio de Pesquisa de Pós-Doutorado em acervos universitários. Foco: Há livros literários para crianças que abordem o ECA? 2023 – Tragicamente obsoletos: Publicação de um catálogo com livros para a infância.

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