quinta-feira, 19 de setembro de 2019

Coisas de Infância: lançamento da obra digital


Contos de nossas infâncias em um livro digital

Cristina Maria Rosa

Resumo: No dia 28/09/2019 nos reuniremos na BPP para a leitura e lançamento do E-book Coisas de Infância, produto da Disciplina Literatura Infantil, Artes Visuais e Música, ofertada à Especialização em Educação da FaE/UFPel, ministrada no 1º Semestre letivo de 2019, no período entre 22/03 a 13/07/2019. Com fins didáticos e não comercializável, os autores podem disponibilizar o livro digitalmente a todos os interessados.


Apresentação
Herdeiros da arte de contar, nós humanos, narramos e, desse modo, existimos: como sujeitos e como espécie. É através da narrativa que nos é possibilitado criar vínculos com a cultura circundante, aprender e ensinar uns aos outros, ouvir e falar, ler e escrever, pensar, refletir, registrar. A narrativa é “um modo de conformação de realidades, em que a passagem do tempo está claramente configurada, mobilizando, para isso, elementos de linguagem” (GETHL, 2014). É arte, dolce e utile, e demanda um “outro” para existir: quem escreve deseja e precisa ser lido.
Com o objetivo de oportunizar aos estudantes da Especialização em Educação um encontro profícuo com a escrita, propus que, após refletirem sobre como as infâncias são mencionadas na literatura, relatassem “coisas de menina” e “coisas de menino” de seus tempos de criança. O intuito foi deleitar-se com a memória de cada um e, ao mesmo tempo, refletir sobre os scripts de gênero ou cultura que legitima, demarca e estabelece modos de ser para as masculinidades e as feminilidades (FELIPE, GUIZZO & BECK, 2013).
Os procedimentos tiveram início com o estudo da literatura infantil e, em especial, da literatura paradidática, em sala de aula. A fim de exemplificar o gênero, escolhi dois livros recentes – Coisa de Menina e Coisa de Menino, de Pri Ferrari – para a leitura em voz alta. Típicos do Século XXI, apresentam conceitos e convidam o leitor a pensar sobre o que é “coisa de...”. Os resultados da proposição – conhecimento do gênero literário e produção de escritas para integrar o e-book com narrativas factuais e ficcionais sobre suas infâncias – indicam que estudantes tendem a valorizar o literário quando se defrontam com a necessidade de produzi-lo. Boa leitura!

quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Biblioteca Margarida Gastal: restauro e ambientação


A Biblioteca Margarida, atualmente.
BIBLIOTECA DA ESCOLA MARGARIDA GASTAL - CAMPUS CAPÃO DO LEÃO:

RESTAURO E AMBIENTAÇÃO

Cristina Maria Rosa


Resumo: Com início em 2019, um grupo de estudantes, técnicos e docentes da UFPel se propôs a  intervir para ambientar e qualificar o espaço interno da Biblioteca da Escola Pública Municipal Margaria Gastal, no Capão do Leão. Projeto estratégico da Gestão 2016-2020, conta com a colaboração de diferentes cursos da UFPel e, pela primeira vez, integra comunidade (colaboradores e financiadores da ação), administradores da Escola e da Universidade, Docentes de diferenciados centros, técnicos administrativos que amam ler e estudantes, futuros profissionais na escola e fora dela. O foco é produzir um espaço em que a leitura literária e a formação de leitores sejam prioridade.

O projeto
Originado nas ações da Sala de Leitura Erico Verissimo e apoiado pelo PET Educação, a Assessoria a Bibliotecas Escolares é uma ação de extensão (Ação 563) registrada na plataforma PREC UFPel e aprovada pelo COCEPE UFPel sob o número 277.  
Tem como foco conhecer, projetar, intervir e realizar, em bibliotecas escolares, ações de restauro dos ambientes internos para que a formação do leitor literário ocorra. Desenvolve-se a convite das escolas e busca, como objetivo primeiro, realizar espaços públicos institucionalizados por lei.
A biblioteca escolar, no Brasil, obedece a diferenciados projetos, resoluções e manuais, entre eles, o manifesto, válido em todo o mundo signatário da UNESCO desde 1999. Por ser o mais importante lugar da escola – especialmente por ser o único partilhado por todos e, ao mesmo tempo, representar nossa cultura – é necessário para seu pleno uso, a setorização, iluminação, ambientação e aclimatação.
Espaço mais importante em uma escola, único partilhado por todos e representante do “imenso patrimônio” de “obras valiosíssimas que vêm se acumulando pelos séculos” de acordo com Ana Maria Machado (2002, p. 17), a Biblioteca escolar demanda, para seu pleno uso, setorização, iluminação, ambientação e aclimatação. Mas, preponderantemente, políticas de fruição da arte literária.
As referências
13/09 - Reunião com a equipe
Apoiados em pesquisas sobre a leitura, o livro e a literatura realizadas por pesquisadores como Meireles (1951), Abramovich (1997), Campelo (2002), Zilberman (2003) e Souza e Feba (2011), consideramos que o conhecimento de diferenciados gêneros literários é fundamental na formação de qualquer criança, especialmente quando observamos que parte das famílias não dispõe de repertório, acervos ou hábitos que antecipem ou substituam as práticas escolares de acesso e uso do livro. Além disso, nos cercamos de um estudo sobre os documentos legais – leis, decretos, deliberações, publicações – que normatizam a fundação, existência, manutenção e preservação de bibliotecas escolares no Brasil. O intuito dessas duas atitudes – conceituar e regrar – foi criar um escopo de argumentos para propor um projeto e defendê-lo socialmente.
Cristina Rosa e Diretora Maria Tereza
Restaurar, ambientar, criar metodologias de uso do acervo de modo autônomo.
A metodologia empregada conta com uma abordagem multidisciplinar gerida pela integração entre o olhar da Educação como fim último – promover a leitura –, o da Arquitetura como meio – projetar e intervir em um espaço – e o da Antropologia como questão de pesquisa – responder para quê e para quem a universidade realiza extensão. Esta “abordagem multidisciplinar” resultou no registro de um modo peculiar de ser e estar em grupo: uma ousadia e um desafio representado em três linhas que formam o projeto, o desempenho de funções no restauro do espaço e a pesquisa acadêmica.

Ações
1.                 Agosto: Elaboração do projeto e contatos com Docentes na UFPel;
2.                 Setembro de 2019: reuniões preparatórias (02 e 06/09) com a Direção da escola, representada pela Diretora Maria Tereza Brum Argoud;
3.                 Setembro de 2019: Montagem da equipe e criação de um grupo no Whats App, o “Biblioteca Margarida” (05/09);
4.                 Ida à escola (13/09) para ouvir a Coordenadora da Biblioteca, professora Maria Cristina Prietto Garcia. Nesse mesmo dia, levantamento dos dados (medidas da sala, das aberturas, listagem de móveis, contagem de livros, diálogo sobre reciclagem);
5.                 Definição do primeiro dia de trabalho:  Análise do acervo e separação dos livros adequados e ultrapassados a serem doados para reciclagem (27/09);
6.                 Limpeza e avaliação de paredes, assoalho e aberturas;
7.                 Limpeza do assoalho, que tem muitas camadas de cera;
8.                 Produção de uma planta baixa, com a ambientação adequada;
9.                 Pintura das paredes e criação de um painel em eu uma delas;
10.             Revisão da instalação elétrica, visando segurança e instalação de pontos de luz extras;
11.             Customização de móveis, limpeza, adequação e confecção das cortinas;
12.             Reorganização do espaço, com ambientes definidos;
13.             Organização do acervo, priorizando a leitura literária.

Relatos de quem foi...

“Chegamos à escola, por volta das 9h e 30 minutos, eu Daniela, Profª Cristina Rosa (coordenadora e orientadora do projeto), Débora e Alisson (alunos da Pedagogia FaE/UFPel e PET/Educação) e o Marcos (aluno da Física/UFPel). Era a terceira reunião para o projeto de restauro da biblioteca escolar. Fomos recepcionados pela Diretora, professora Maria Tereza e por uma das professoras de Português da escola, além de conhecermos a professora Cristina, responsável pela biblioteca. Ex-Diretora, contou-nos um pouco de sua história na escola, sua trajetória, algumas melhorias e aquisições da Biblioteca. Iniciamos, então, um inventário de tudo que havia dentro da biblioteca: quantidade de móveis, estantes de livros, mesas, cadeiras, objetos decorativos e outros. Também medimos a sala, as janelas, estantes e outros móveis, para verificarmos o espaço disponível, o que deverá ser mantido e o que deverá se possível, ser retirado ou removido para outro lugar da escola. Tudo isso foi anotado em uma folha e fotos foram tiradas para os nossos registros. Mais tarde, mais alguns estudantes juntaram-se a nós e sentamo-nos para conversarmos sobre nossas primeiras impressões da biblioteca”. Daniela Pires Moreira de Castro

“Aos treze dias do mês de setembro, reuniram-se na biblioteca da Escola Municipal Margarida Gastal (município de Capão do Leão) a diretora da mesma, uma professora de português, a bibliotecária responsável, a professora da UFPel e tutora do PET Educação Cristina Rosa, os alunos do curso de pedagogia da UFPel: Alisson Batista, Débora Monteiro, Angélica Karsburg, Paloma Wiegand e Daniela Castro, os alunos do curso de física da UFPel: Marcos Alexandre, Renata Schneider, Thissiana Fernandes e André Mello. Foram realizados levantamentos e registros da mobília presente na biblioteca. Também foram realizadas medições das paredes, janelas e porta e construído um rascunho da planta do local. A seguir foi realizada uma conversa sobre algumas ideias iniciais e feito o planejamento das próximas atividades a serem realizadas” Alisson Castro Batista.

“Era manhã, cedo, quando esperávamos na fila do ônibus de apoio da UFPel, em frente ao Instituto de Ciências Humanas (ICH), esquina Centro de Artes, uma outra bolsista e eu. Depois de mais de uma hora pudemos embarcar, e logo chegamos. Lamentavelmente, ao fim da reunião. Mas não em vão, pois observamos o lugar, e o modo como ali era tratado. Acompanhamos as últimas considerações em relação à necessidade de reparo: uma folha cheia, pelo que vi. Há muito que fazer, as expectativas são grandes, o prazo, nem tanto. Contudo, a força de vontade dos envolvidos, a doação de materiais necessários, encontros semanais e planejamentos atrás de planejamentos são ponto de partida para que seja garantido – porque "finalizado", acredito não caber a algo relacionado ao conhecimento – um local acolhedor, não só às crianças, mas à comunidade escolar num geral” Paloma Wiegand.

CRÉDITOS:
Equipe:
Coordenação: Drª Cristina Rosa
ColaboraçãoAlejandro Martins Rodriguez, Aline Ribeiro Paliga e Diuliana Lenadro (CENG); Heloisa Duval de Azevedo (FaE), Lúcia Peres (Assessoria Reitor/UFPel), Patrícia de Borba Pereira (Bibliotecas/UFPel) e Rogéria Guttier (Pró-Reitoria de Extensão e Cultura/UFPel)
Estudantes: Alisson Castro Batista, Angélica KarsburgDébora Monteiro e Paloma Wiegand – Pedagogia; André Mello, Marcos Alexandre, Renata Schneider e Thissiana Fernandes – Física; Daniela Castro – Letras; Carlos Etchepare e Luiz Guilherme Sampaio (CENG).



domingo, 15 de setembro de 2019

Critérios para a Alfabetização Literária


Critérios para a Alfabetização Literária
Cristina Maria Rosa

Há obras literárias indicadas a serem lidas para bebês entre zero e quatro anos? Se sim, como as escolher? Quais os critérios que indicam obras para essa idade geracional?
A primeira infância é uma fase muito importante para o crescimento da criança e, quanto melhores forem, as circunstâncias de vida durante este período, maiores serão as probabilidades de que ela se torne um adulto mais equilibrado, produtivo e realizado.
A alfabetização literária pode ser entendida como um processo de “apresentação da literatura  a todos” e, de acordo com ROSA (2019), significa que a formação do gosto por ler literatura é um processo que não pode ser aleatório, eventual e desprovido de critérios.
Para Debus (2015), os critérios de seleção de livros literários destinados a crianças “levam em consideração, na maioria das vezes, os estágios de desenvolvimento infantil, obedecendo à faixa etária ou à faixa escolar do leitor”. A pesquisadora informa que, quando se trata de crianças pequenas, entre zero e seis anos de idade, “existem algumas especificidades nos critérios que orientam o acesso e a escolha dos livros” e que eles são importantes por dois motivos: a maior parte das crianças ainda não está no espaço escolar e é uma leitora em formação.
Para Abramovich (1997), a literatura tem linguagem fluida e aborda os problemas de modo discursivo e indica critérios a serem adotados quando da escolha de obras, entre eles, ter como princípio que a formação do leitor inicia pela audição de muitas histórias, escolher inicialmente histórias curtas e bem humoradas, inteligentes, criativas, que surpreendem e investir na escolha de obras a serem lidas pelos leitores, observar de forma crítica como os personagens são representados nas ilustrações, especialmente os pobres, as mulheres, os indígenas, japoneses e negros, as mães, tias e professoras. Além disso, considera importante priorizar a presença de humor, o deboche saudável, a ironia, o nonsense, a presença de personagens nada comuns e preferir obras com presença da lógica da criança. Abramovich também argumenta pela inserção da poesia “boa, bem escrita, que mexe com a emoção, que nos aguça, que nos deixa um pouco diferente depois de cada verso”, propor obras que oferecem informação e verdade, pois “entender o processo de como nascemos até quando morremos faz parte natural da curiosidade da criança” e ler integralmente os “Contos de Fadas” pela abordagem do amor em todos os seus prismas: descoberta, encanto, possibilidade, entrega, plenitude, sofrimento, angústia, injustiça, tristeza, obstáculos, dúvidas, identidade, rejeição, perdas, esquecimentos, revelações de sexualidade, da vida e da morte.
Para Nelly Novaes Coelho (1993) a categoria leitora está vinculada a três fatores: “idade cronológica, nível de amadurecimento biopsíquico-afetivo-intelectual e grau ou nível de conhecimento/domínio do mecanismo da leitura”. Assim, indica compor um acervo a partir da seguinte divisão: 1) pré-leitor (primeira infância que inclui bebês dos 15/17 meses aos 3 anos e, segunda infância, com crianças a partir dos 2/3 anos); 2) Leitor iniciante ou crianças a partir dos 6/7 anos; 3) Leitor em processo ou crianças a partir dos 8/9 anos; 4) leitor fluente ou criança a partir dos 10/11 anos e 5) leitor crítico, já um pré-adolescente a partir dos 12/13 anos.
Para Maria Betty Coelho Silva (1991), devem ser respeitadas as peculiaridades e os estágios emocionais das crianças na escolha dos livros. “Alimento da imaginação”, as histórias precisam respeitar a “estrutura cerebral” infantil. A autora faz um quadro demonstrativo de interesses, no qual divide os leitores em pré-escolares e escolares. E divide os pré-escolares em duas fases: a pré-mágica (crianças até três anos) e a mágica (crianças de três a seis anos). Aconselha para os primeiros, histórias de bichinhos, brinquedos, objetos, seres da natureza (humanizados), história de crianças. Para os demais, histórias de repetição e acumulativas, além de histórias de fadas.

Leitores do Século XXI
Pouco estudados no século XX, esse grupo de leitores em formação (bebês em sua maioria não escolarizados) eram pouco visados pelas políticas públicas e pela indústria do livro. O comum é que Editoras criassem brinquedos que imitavam livros como os de pano, de borracha, de plástico e outros materiais resistentes ao tato, ao gosto, à água, à falta de traquejo das mãos infantis. Em fins do século XX e início do XXI, a presença intensa de bebês nos berçários e escolas infantis desencadeou estudos com o intuito de prescrever quais seriam os livros que poderiam ser utilizados na alfabetização literária dessas crianças. Para Abramovich (1989), Coelho (1993) e Silva (1991), deveriam ser livros lidos por adultos para as crianças, ilustrados, bem humorados, poéticos. E deveriam conter histórias sobre bichos, brinquedos, objetos, seres da natureza, histórias de repetição e acumulativas. Obras com predomínio da fantasia como contos de fadas, mitos, lendas e fábulas e atitudes como o desenvolvimento da apreciação critica da leitura são recomendados. Pouco texto, muita gravura, cor e, em alguns casos, sons também foram sugeridos e apareceram no mercado. Livros de panos, livros-brinquedos e somente de imagens aparecem com frequência nos catálogos de Editoras, indicando que o mercado é eficaz em enganar o consumidor.
Rosa (2019) argumenta que a criança pequena não pode ser subestimada e sugere que a leitura pode ter início assim que ela ficar ereta, sentada no colo do adulto, na cadeirinha ou no “bebê-conforto”. Para tal, o leitor (mãe, irmão mais velho, professora, cuidadora) deve escolher um excelente texto que pode ou não ser ilustrado. A autora defende que durante a leitura do texto escolhido, o som da voz e os ritos da leitura (escolher, abrir folhear, indicar imagens, fechar, guardar) são formadores desse leitor em potencial, tornando a leitura “de verdade” e não apenas imitação ou distração. Para a autora, o livro não é um brinquedo: é o artefato mais importante da cultura escrita e a leitura seus atributos e sentidos podem ser adquiridos desde tenra idade.

terça-feira, 3 de setembro de 2019

Reinações de Monteiro Lobato: eu recomendo...


Reinações de Monteiro Lobato: uma biografia.

Cristina Maria Rosa
03/09/2019

Olá, ouvintes do programa Tons e Letras.
Hoje recomendo um mapa.
Sim. Um mapa.
Um mapa para ler Lobato.
Recém chegado às livrarias, “Reinações de Monteiro Lobato: uma biografia”, de Marisa Lajolo e Lilia Moritz Schwartcz é um livro que funciona como guia para conhecer e entender o escritor e seu tempo.
Repleto de imagens, recortes de jornais, aquarelas, desenhos, capas de primeiras edições e mais uma infinidade de informações sobre a vida desse interessante, curioso e prolixo escritor, é um presente para quem deseja saber mais antes de se aventurar em sua obra, tão mencionada, mas pouco lida nas escolas brasileiras.
O curioso em “Reinações de Monteiro Lobato: uma biografia”, é uma declaração à página 55: “Mas, se as crianças gostavam muito de meus livros, alguns educadores não gostavam”.
Considerados perigosos por alguns professores da época – os interessantes anos 30 do século XX – a ponto de alguns colégios queimarem seus livros, histórias serem proibidas e jornais de paróquias avisarem a seus crentes que o Livro “História do mundo para crianças” era péssimo e não poderia ser lido por ninguém, as crianças continuaram a ler e amar as personagens criadas por Lobato.
A parceria entre Marisa e Lilia oportunizou a criação de uma autobiografia nunca escrita por Lobato e, no curso da leitura, sua voz vai tomando conta do texto. Que delícia!
Impresso pela Companhia das Letrinhas, “Reinações de Monteiro Lobato: uma biografia” é a obra que recomendo hoje.
Leia Lobato, depois de ler sua “biografia”. A obra é repleta de conexões com nosso tempo, o século XXI, o que lhe confere ares de clássico da literatura brasileira.
Leia para seus filhos, sobrinhos, netos, alunos, afilhados, amores.
E ouça o programa Tons e Letras.
Ele vai ao ar aos sábados, às 12 horas, na FM Cultura de Porto Alegre.
Ficha técnica:
Tons & Letras
Locução: Egon Bueno
Produção: Luís Dill
Horário: Sábados, 12 horas.
Twitter: @fm_cultura
Face book: fmcultura107.7

Alfabeteando...

Um "Alfabeto à parte" foi criado em setembro de 2008 e tem como objetivo discutir a leitura e a literatura na escola. Nele disponibilizo o que penso, estudos sobre documentos raros e meus contos, além de uma lista do que gosto de ler. Alguns momentos importantes estão aqui. 2013 – Publicação dos estudos sobre o Abecedário Ilustrado Meu ABC, de Erico Verissimo, publicado pelas Oficinas Gráficas da Livraria do Globo em 1936; 2015 – Inauguração da Sala de Leitura Erico Verissimo, na FaE/UFPel; 2016 – Restauro e ambientação da Biblioteca na Escola Fernando Treptow, inaugurada em 25 de novembro; 2017 – Escrita da Biografia literária de João Bez Batti, a partir de relatos pessoais. Bilíngue – português e italiano – tornou-se um E-Book; 2018 – Feira do Livro com Anna Claudia Ramos (http://annaclaudiaramos.com.br/). 2019 – Produção de Íris e a Beterraba, um livro digital ilustrado por crianças; 2020 – Produção de Uma quarentena de Receitas, um livro criado para comemorar a vida; 2021 – Ruas Rosas e Um abraço e um chá, duas produções com a UNAPI; 2022 – Inicio de Pesquisa de Pós-Doutorado em acervos universitários. Foco: Há livros literários para crianças que abordem o ECA? 2023 – Tragicamente obsoletos: Publicação de um catálogo com livros para a infância.

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