As meninas e nós
Cristina Maria Rosa
É junho. frio aqui na serra gaúcha. Dia lindo. Acordei cedo.
Ao abrir meu computador, depois de um café da manhã em que o diálogo
sobre a simplicidade da vida no campo foi o tema central, antes de qualquer
possibilidade de retomar meus estudos, uma notícia me levou a clicar e ler. O
título, no Portal GELEDÉS era: Com Rede Malala, Nobel da Paz pede que
governo brasileiro ouça meninas e sociedade civil
Impossível não ler.
Impossível não vincular o lido com a educação literária de e para
meninas que propusemos, entre 2017 e 2021, na cidade de Pelotas, onde exerço,
desde 1993, a docência na área da Cultura Escrita na Pedagogia da FaE. Naquele tempo, Jéssica
Ribeiro e Ellem Borba, minhas duas parceiras de ideias e atitudes, mais um
grupo de queridas pessoas e leitoras – Bitica, Patrícia, Ieda, Cinara, Tamires,
Rose, Márcia, Daniela, Malu, Rafaela, Roberta, Helenira, Érica, Virginia –
inventamos um modo de ser e estar neste diálogo que sim, deve ser da Universidade
e da Literatura.
A violência contra meninas não pode ser ignorada.
Deve ser afrontada!
Um evento sem machismo
Registrado em http://crisalfabetoaparte.blogspot.com/2017/05/educacao-sem-machismo-o-evento.html,
o Seminário Educação Sem Machismo – evento realizado no dia 26 de
maio de 2017 como uma ação da Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa
do Rio Grande do Sul –, contou com o apoio do Núcleo de Gênero e Diversidade
Sexual da UFPel. O objetivo foi capacitar educadores para abordar os temas como
violências de gênero e machismo, através de ferramentas que promovessem a
igualdade nos ambientes de ensino como escolas e universidades. Lideradas pela
Deputada Estadual Manuela D’Ávila – Procuradora Especial da Mulher da Assembleia
Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul – um grupo de pesquisadoras
contribuiu para o diálogo, travado com um público atento e participativo.
Convidada a representar a UFPel,
elaborei por escrito algumas reflexões a partir de experiências em escola, com
meninas. A “conferência” se originou em um trabalho de pesquisa e extensão que
vinha sendo desenvolvido desde 2016 e que foi publicizado pela primeira vez no
dia oito de março de 2017, dia internacional da mulher, em uma atividade
intitulada Leituras para Meninas.
Quer conhecer na íntegra o
texto preparado por mim para este evento? Se sim, clique em: http://crisalfabetoaparte.blogspot.com.br/2017/05/leitura-para-meninas-um-punho-e-um-utero.html
Para saber mais...
Para saber quase
tudo que ocorreu neste tempo entre 2016 e 2021, leia pequenas matérias que organizei, redigi e publiquei em
meu blog. Ao clicar nos endereços selecionados, vais perceber que sim, são
atitudes simples, pontuais. Mas, repletas de significado e empoderamento.
1. Textos literários
para abordar o tema da educação de meninas contra a violência podem ser encontrados em: http://crisalfabetoaparte.blogspot.com/2017/03/leituras-para-meninas-eu-recomendo.html;
2. Mulheres que
escrevem sobre a condição feminina podem ser conhecidas se lermos autoras que estão indicadas em: http://crisalfabetoaparte.blogspot.com/2017/03/mulheres-leem-mulheres.html;
3. Se quiseres saber como fazer um
evento de e para mulheres leia: http://crisalfabetoaparte.blogspot.com/2017/03/8-de-marco-um-dia-de-ler.html;
4. Ler poemas sobre, para e com mulheres pode ser assim: http://crisalfabetoaparte.blogspot.com/2017/03/11-de-marco-poemas-para-mulheres.html;
A publicação que li e que originou este escrito
Quer saber o que o GELEDÉS escreveu sobre a visita de Malala
Yousafzai – a mais jovem vencedora do Prêmio Nobel da Paz – ao Brasil?
Quer descobrir o que conversou com ativistas e meninas de projetos
desenvolvidos pela Rede Malala? Clique em https://www.geledes.org.br/com-rede-malala-nobel-da-paz-pede-que-governo-brasileiro-ouca-meninas-e-sociedade-civil/ e leia na íntegra. Na matéria, uma de suas declarações foi
As vozes das meninas
devem estar no centro das discussões que definem o futuro delas. É preciso
garantir a participação de ativistas e de meninas na formulação de políticas
educacionais e a colaboração entre o governo e a sociedade civil para mudar o
futuro das meninas. Eu espero que o governo brasileiro avance na implementação
de políticas progressistas e leis que promovam a equidade de gênero e de raça,
incluindo a total implementação da história e cultura afro-brasileira e
indígena nos currículos escolares. (Malala Yousafzai, 07 de junho de 2023).
Obrigada!