Infâncias: um e-book para crianças
Cristina Maria Rosa
Em 2019, dei início a um
projeto: reunir, em livro, contos que escrevo desde algum tempo e que tenham,
como personagem central, crianças.
Ele está pronto e, em breve, será disponibilizado online, gratuitamente.
No sumário, os seguintes
títulos: A fada dos moranguinhos, A língua dos gatos, A Maçã da Branca de Neve,
A Marininha, A volta de Orestes, Anita, As três Dulces, Babi teve filhotes,
Balé, Barata, Biso Albino Biso Bruno, Bolas de Berlim, Bolo de Princesa,
Bouquet de rosas, Brasileirinhas, Brincadeiras, Cadeira do Pensamento, Carol,
Castigo de Celular, Cativo, Charles, o sapo, Charles, o solitário, Chocolate,
Costumes de Frederico, o príncipe, Da loucura de cada um, Engatinhando, Era uma
vez, Fogueira, Frederico e seus bichos de estimação, Frederico, o príncipe,
Gabi, Gabriela, Guri, Íris e os três Porquinhos, Jaguatirica, Joana, Lucca, Mãe
professora, Maninho, Maquiagem, Meninas e sobrinhas, Narizinho, Narizinho teve
bebê, O ninho, O palco da Dona Flávia, Os filhotes da Narizinho, Os herdeiros,
Os treze de Platão, Pedacinho de Passado, Piquenique de casaco de gola,
Professora, Roteiro para Menino, Um bilhete para a Bruxa, Um guri argentino,
Uma bebê, um bico e um tapa.
Opinião
Ao ler os contos reunidos, quando convidada a opinar, a professora de língua e literatura brasileira Ellem de Borba escreveu:
A obra é composta por pequenos contos formando um mosaico de olhares sobre a infância. O primeiro conto: A fada dos moranguinhos trata-se de uma autoficção, nele a autora relata parte de sua infância, seus contatos com os livros e os caminhos que trilhou para se tornar uma escritora. Este conto dá o tom da obra, como observado no seguinte trecho: “Algumas coisas eu não lembro. Então invento. Outras eu lembro bem. E não gosto. Então, invento”. Importa considerar aqui as palavras de Julien Serge Doubrosvsky, ao descrever o gênero autoficção: “[...] A ‘verdade’, aqui, não poderia ser uma cópia exata, claro. O sentido de uma vida não está num lugar, não existe. Não está por ser descoberto, mas por ser inventado, não em seus detalhes, mas em seus rastros: ele está por ser construído” (DOUBROVSKY, 1988, p.77). Desta forma, a obra vai se construindo, ofertando ao leitor um desfile de personagens reais, observados através de um olhar atento, que coloca em evidência detalhes significativos, relatados por familiares, amigos, papais, mamães, avós, tios... E, também, através da mídia, como no conto “Os treze de Platão”. As narrativas são carregadas de imagens e reflexões propondo olhares múltiplos e específicos, através dos quais as personagens e os eventos apresentados flutuam entre o “real” e a “ficção”, dando vida e poesia ao texto em um estilo único e criativo de trabalho com a linguagem e com a arte de escrever (Ellem Rudiane Moraes de Borba, 2019).
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