Cristina Maria Rosa
Pedagoga – Docente
na UFPel
Patronesse da 49ª
Feira do Livro
Pelotas – Centro
Histórico, 26/10 a 19/11/2023.
Discurso de Abertura
Boa tarde a todas e todos!
Bebês, crianças, jovens, adultos e velhos são bem-vindos à 49ª
Feira do Livro de Pelotas!
Boa tarde autoridades por nós eleitas, organizadores da 49ª Feira do
Livro de Pelotas, patrocinadores, livreiras, mediadores e parceiros dessa
grande aventura que é a Feira do Livro!
Hoje, oficialmente, abrimos um tempo de ler, um tempo de praça, um
tempo de deleite na Praça CEL. Pedro Osório!
Meu convite é para que saibamos usufruir.
Como um evento de letramento que admiro profundamente, afirmo que ter sido escolhida como patronesse é ter acesso e uma indescritível sensação de presente de aniversário!
Em 2023, completei 30 anos de docência na educação. Sou Pedagoga
desde 1990. Professora na Faculdade de Educação desde 1993. Leitora, desde
pequena. O que significa que, pessoalmente, a leitura, o encantamento pelo
texto literário, antecedeu minha formação profissional. Quando tive a
oportunidade de conhecer professoras em formação – em salas de aula, escolas,
cursos de aperfeiçoamento e especializações – percebi que a “chave” de minha
profissão, o atributo mais importante da docência pedagógica, em qualquer
instância de aprendizagem e ensino, era a habilidade de tornar alunas e alunos
apaixonados pela leitura. Então, ser “patronesse” é, de algum modo, um elogio
ao apaixonamento. Pela leitura, pela
literatura, e pela Pedagogia, uma profissão que só pode ser exercida quando se
conhece a arte literária.
Como professora, trabalho para que a leitura literária seja uma
realidade diária para cada criança na escola. Defendo que a biblioteca escolar
seja disponibilizada às crianças que, como brasileiros, têm direito a ela e a
seus segredos e guardados. Pretendo que as professoras e os professores se
apaixonem pelos livros que há nestas bibliotecas e comuniquem seu apaixonamento
às crianças. Como pesquisadora do campo da leitura literária, sei que ainda nos
falta conhecer o poder da literatura e reconhecer que todos temos direito a
ela. Mas, todos os dias, trabalho para que esta “falta” seja minimizada. Como Pedagoga,
avalio que o trabalho de formação literária em nossa cidade existe,
especialmente aquele desempenhado por professoras e professores nas escolas e
por professoras que atuam nas bibliotecas escolares. Não é anônimo, este
trabalho! Como não é anônimo nenhum de seus resultados. Podemos fazer mais?
Sim, podemos. Faremos?
Em casa, nos lares, aos familiares cabe saber que o direito à
literatura, embora não inscrito em nossa constituição, deve ser garantido aos
pequenos. E a feira do livro é uma oportunidade, um evento no qual o livro e a
literatura estão no centro do palco. É um momento de sensibilizar os que ainda
não foram alfabetizados literariamente. Esse é um dos papeis da Feira e
de todos que a pensaram e a estão realizando.
Por fim, antes de
“tocar o sino”, quero declarar que considero esse momento muito propício para a
leitura, uma vez que a tecnologia nos coloca em contato com autores, editoras,
eventos de letramento de modo rápido, interativo e em locais inusitados e
impensáveis para a maioria das pessoas. Isso é importantíssimo. Ter um livro em
mãos, ver ou ouvir sua autora, seu autor, poder perguntar algo integra o grupo
de procedimentos que espontânea ou organizadamente, formam novos leitores, E é
a este “novos” que entrego a praça. Não esquecendo que os experientes são os
responsáveis por legar: legar o prazer de ler e a curiosidade pela permanência.
Declaro aberta a 49
Feira do livro!
Às alamedas,
Pelotas!
Viva a literatura! Viva o livro! Viva a leitura!
Pelotas, 27 de outubro de 2023.
Nenhum comentário:
Postar um comentário