sábado, 16 de julho de 2022

Metodologias amigáveis: respeitar a autoria da criança e as linguagens diversas: apontamentos

 


Metodologias amigáveis: respeitar a autoria da criança e as linguagens diversas que utilizam para comunicar no terceiro texto indicado.

Cristina Maria Rosa

Qual texto? FERNANDES, Natalia; CAPUTO, Stella Guedes. Quem tem medo das imagens das crianças na pesquisa? – Contribuições para a utilização de imagens na pesquisa com crianças. Soc. Infanc. 5, 2020: 5-19.

Resumo: A pesquisa com crianças, no âmbito dos estudos infantis, vem se consolidando nas últimas três décadas, e passos significativos foram dados nesse caminho para respeitar a imagem da criança como sujeito ativo de direitos. Algumas dessas etapas têm enfatizado a importância de respeitar, nos processos de pesquisa, tanto a autoria da criança, mobilizando por metodologias tão amigáveis ​​que se baseiam nas diferentes linguagens que as crianças usam para se comunicar, ou a proteção necessária delas, sendo neste âmbito muito significativa a discussão sobre formas responsáveis ​​de respeitar as crianças, a visibilidade de suas vozes e imagens. Neste texto pretendemos trazer uma discussão sobre formas de desenvolver pesquisas com crianças, respeitando sua autoria e também respeitando sua integridade e bem-estar. Para tanto, desenvolvemos uma reflexão inicial sobre métodos de pesquisa com crianças em geral e em metodologias visuais em particular e as articulações necessárias com uma relação ética indispensável ao longo da pesquisa processo. Ce, então, questionar os caminhos em que pesquisadores utilizam imagens de crianças, avançando com algumas tendências, resultantes da análise desenvolvida ao modo como as imagens apresentadas em relatórios de pesquisa, dos quais destacamos a imagem da criança-fantasma e a imagem de sujeito-criança, sustentando-se neste artigo a necessidade pungente de defender a imagem do sujeito-criança. Por fim, apresentamos um conjunto de contribuições que ajudam que pensemos eticamente sobre o uso de imagens em pesquisa com crianças, para respeitar as crianças como participantes e autores, num profundo respeito pelos seus direitos.

Palavras-chave: Crianças; pesquisa; imagens; ética; autoria

Apontamentos:

Proposta: [...] é possível produzir estratégias de ocultação de nome e/ou imagem ou outras formas diferentes de compor uma certa fantasmagoria imagética, desde que a criança, sendo possível decidir, decidida por sua própria vontade. E assim, da imagem fantasma da  criança-custo- para a imagem da criança-sujeito .Esta imagem da criança-sujeito não pode deixar de estar vinculado à Carta Magna dos direitos da criança -Uma contravenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança -,que contém, no seu articulado de direitos, um conjunto de direitos de proteção e de participação, os quais nos ajudam a pensar em modos respeitadores pelo interesse superior da criança na pesquisa em geral e, em especial, em pesquisas que utilizam fotografias de crianças.

Pesquisas: [...] O avanço das pesquisas no campo dos Estudos da Criança exige, da nossa parte, novas problematizações, novos questionamentos das práticas, em suma, uma vigilância epistemológica, quer para com os processos relacionais entre adultos e crianças, quer para com os recursos metodológicos de que dispomos, os quais devem ser mobilizados Considerando sempre o valor maior que sustenta os processos de pesquisa com crianças, que é o respeito pela sua alteridade e salvaguarda do seu interesse superior.

Importante: [...] assegurar uma imagem da criança-sujeito nos processos de pesquisa em geral, e nos processos de pesquisa que utilizar fotografias de crianças, implica da parte do investigador um profundo conhecimento teórico, empírico e formal-jurídico, de modo acautelar que as crianças podem assumir visibilidade e autoria, sem nunca descurar a sua proteção e o respeito pelo seu interesse superior. Implica considerar que quando nos envolvemos como crianças é fundamental assegurar que eles estão informados sobre os processos de pesquisa.

Foco: [...] quanto mais relevadas as crianças nos processos de decisão, mais próximos estão da imagem da criança-sujeito, mais aptos para ir além dos acríticos e decorativos.

Princípio orientador: [...] a criança deve ser respeitada na sua condição de sujeito ativo de direitos, de autor...

 

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Um "Alfabeto à parte" foi criado em setembro de 2008 e tem como objetivo discutir a leitura e a literatura na escola. Nele disponibilizo o que penso, estudos sobre documentos raros e meus contos, além de uma lista do que gosto de ler. Alguns momentos importantes estão aqui. 2013 – Publicação dos estudos sobre o Abecedário Ilustrado Meu ABC, de Erico Verissimo, publicado pelas Oficinas Gráficas da Livraria do Globo em 1936; 2015 – Inauguração da Sala de Leitura Erico Verissimo, na FaE/UFPel; 2016 – Restauro e ambientação da Biblioteca na Escola Fernando Treptow, inaugurada em 25 de novembro; 2017 – Escrita da Biografia literária de João Bez Batti, a partir de relatos pessoais. Bilíngue – português e italiano – tornou-se um E-Book; 2018 – Feira do Livro com Anna Claudia Ramos (http://annaclaudiaramos.com.br/). 2019 – Produção de Íris e a Beterraba, um livro digital ilustrado por crianças; 2020 – Produção de Uma quarentena de Receitas, um livro criado para comemorar a vida; 2021 – Ruas Rosas e Um abraço e um chá, duas produções com a UNAPI; 2022 – Inicio de Pesquisa de Pós-Doutorado em acervos universitários. Foco: Há livros literários para crianças que abordem o ECA? 2023 – Tragicamente obsoletos: Publicação de um catálogo com livros para a infância.

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