Queridos colegas do GELL
Escrevo hoje para lhes contar uma
novidade que não é nova, mas acho que novidades não precisam ser tão novas
desde que sejam boas. Enfim, comecei o doutorado! Foram meses de espera e
tentativas até que em setembro de 2021, recebi a notícia da aprovação do meu
projeto e bolsa. Mudei para São Carlos, SP, e comecei minha aventura no
Instituto de Química de São Carlos (IQSC-USP). Vocês devem estar se perguntando
por que somente agora estou lhes contando isso. A verdade é que nem eu
acreditava no que estava (ainda está) acontecendo. O primeiro semestre exigiu
muita dedicação e busca por profissionalismo. Se existe algo que nem sempre nos
é dito na pós-graduação, é o fato de que não somos mais somente estudantes,
somos profissionais também. Diante deste cenário, nos exigem excelência em
aprender e colocar em prática o que foi aprendido. Precisei parar para repensar
na profissional que sou e na que quero me tornar. Então, olhei muito seriamente
para dentro de mim e procurei esta pessoa. Vocês não vão acreditar no tanto de
gente que tinha morando lá! Encontrei uma pesquisadora (ufa!), programadora,
uma pessoa com algumas habilidades de gestão, entre outras personalidades.
Estava bem contente com as Carininhas que conheci, quando percebi que faltava
uma. “Cadê a Profe que tava aqui?”, perguntei. Ninguém respondeu. Passei um
certo tempo buscando por ela. A ideia de perdê-la trouxe o sentimento de não
pertencimento. Comecei a pensar que havia feito a escolha errada e que este não
era o meu lugar. Eis que um dia houve um projeto em dada disciplina, que exigia
colaboração e troca de conhecimentos entre os alunos. Uma perguntinha aqui, uma
resposta lá…e eu já não estava sozinha em minha busca. Assim, timidamente, a
professora apareceu. Não só isso, ela encontrou nos meus colegas outros
professores também. Ai que alívio! Hoje, não nos separamos mais. Por vezes,
preciso dar mais atenção às outras profissionais que habitam este 1,60 m de
pessoa. Porém, basta uma oportunidade de trocar e compartilhar conhecimento,
que a “profe” aparece. Ela vem meio cabreira, espia, avalia a situação e sempre
acaba por se manifestar. Nós duas temos planos, coisas grandes, como são todas
as ideias antes de assumirem uma forma concreta. Em outra oportunidade, eu
conto tudinho para vocês. Por hora, só vim mesmo contar uma velha novidade.
Abraços, com saudades, Carina.
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