Os livros compartilhados
O que há nos livros
que os tornam tão misteriosos, repletos de segredos, impossíveis de serem ignorados?
Por que, apesar de tantos dispositivos para não ler, aficionados ainda insistem
em permanecer horas concentrados, imersos e desligados, folheando e imaginando?
Afinal, o que há nos livros que os tornam insubstituíveis?
A frequente pergunta a quem os defende e
cultua foi respondida recentemente por uma das maiores escritoras do Rio Grande
do Sul. Para Lia Luft, nos livros há “experiências impossíveis no cotidiano, viagens,
aulas de psicologia, de história. Sensibilidade e emoção, aventura, diversão e
crescimento pessoal” (LUFT, 2017, p. 04).
Para mim, o livro e
a leitura de seus segredos é a única experiência essencialmente individual. Não
há como dividir o que sentimos quando estamos lendo e as tentativas de impactar
os demais com nossas emoções é que nos tornam mediadores. Assim, o processo de
apresentação deliberada do livro, seu autor e trama aos outros é uma forma de
compartilhamento do impossível: o prazer da escolha, o significado do lido, as
emoções e conexões vividas. Mais que isso: é uma forma de legar sentidos!
Tentemos...
Leitura na escola
Na escola, a “trama”
da leitura deve ser ofertada aos estudantes em um processo deliberado, organizado, criterioso e frequente. Apresentar o
“mundo da literatura”, seus atributos e ritos a todas as crianças desde que
iniciam sua vida escolar é um dever para cada educador. Mas com certeza, um
prazer, também!
Pensadores como Ana Maria Machado
(2002), Graça Paulino (2014), Lígia Cademartori (2014) e Regina Zilberman
(2005), concordam que o texto literário deve ser ponto de partida para a
alfabetização literária. E Tzvetan Todorov (2010) nos ensina que a principal função
de um professor é iniciar os seus “nessa parte tão essencial de nossa
existência que é o contato com a grande literatura” e que à escola deveria
“ensinar os alunos a amar a literatura”.
Contadores
Para invadir o
imaginário de mais e mais aprendizes da arte de admirar livros, a Camila Pierzckalski
criou um encontro de contadores de histórias. Nas salas centenárias da
Biblioteca Pública Pelotense!
Eu estarei lá,
inventando tramas e usufruindo de outras, que me contarão.
Venha compartilhar
desses momentos!
Ele ocorre no dia
16 de novembro, entre 9 e 15 horas, na Biblioteca Pública Pelotense.
Faça sua inscrição!
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