segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Uma bruxa, uma fada: as personagens na leitura literária

Uma bruxa, uma fada: as personagens na leitura literária
Cristina Maria Rosa

Há quem diga que não é necessário.
Há quem diga que é imprescindível.
Minha experiência indica que a utilização de personagens para cativar, para chamar a atenção de crianças para a leitura literária é um dos modos de conexão com o repertório imaginário construído por aqueles que nos antecederam na alfabetização literária das crianças.
Se avós falaram em fadas, se mães mencionaram duendes, se uma professora apresentou João, Maria e os doces encontrados na casa da Bruxa na floresta, se um irmão mais velho leu Rosa Maria no Castelo Encantado, de Erico Verissimo para a irmã mais nova, legou a essas crianças parte dos atributos de cada um desses incríveis e encantadores personagens.
A nós, que escolhemos nos parecer com eles, basta “surfar”, ou seja, usufruir do medo, da magia, do encanto, do receio, do inusitado que é ter, diante de si, uma “verdadeira” fada, uma “tenebrosa” bruxa, um "misterioso" lobo.
Na escola
Quando a personagem entra na escola, ela recebe das crianças o acúmulo de sensações recebidas via experiências anteriores. E nos ofertam essas sensações como links para...
Ler mais!
É o bilhete de ingresso.
A permissão para ser extremadamente boa, como a Fada, malévola, como a Bruxa, misterioso, como o Lobo.
Personagens lúdicos são importantes?
Personagens são links que encontramos para nos comunicar de imediato com as crianças. Conhecidos, os personagens por nós escolhidos nos conectam imediatamente com elas e elas, as crianças, com o lúdico que nas personagens habita.
Em cada personagem existe um mundo repleto de imagens, emoções, enigmas, sentimentos, roteiros, intrigas, desafios, desfechos...
Crianças são hábeis no trato com  a imaginação.
E a imaginação não tem limite!
Não as subestimemos!


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