segunda-feira, 3 de maio de 2021

Infâncias: e-book novinho em folha...

 

Infâncias

Cristina Maria Rosa

Reuni em Infâncias, meu peculiar olhar sobre as crianças que me cercam. Observo o que pensam, como falam, o que escolhem para si no convívio com os adultos. Percebi que buscam, com furor, muitas vezes, nosso olhar de aprovação. Outras, ignoram nossa autoridade e nos desafiam a incluir suas lógicas em nossas verdades.

Mas...

Preponderantemente, descobri que sempre amei esses seres humanos em desenvolta e instigante presença na minha vida.

A ser lançado em maio, Infâncias, o meu mais novo e-book contou com a obra (trabalho artístico e intelectual) de muitas pessoas. Entre elas, Ellem Rudijane Moraes de Borba que escreveu na Apresentação:

 

 

"A obra é composta por pequenos contos formando um mosaico de olhares sobre a infância. O primeiro conto: A fada dos moranguinhos trata-se de uma autoficção, nele a autora relata parte de sua infância, seus contatos com os livros e os caminhos que trilhou para se tornar uma escritora. Este conto dá o tom da obra, como observado no seguinte trecho: “Algumas coisas eu não lembro. Então invento. Outras eu lembro bem. E não gosto. Então, invento”. Importa considerar aqui as palavras de Julien Serge Doubrosvsky, ao descrever o gênero autoficção: “[...] A ‘verdade’, aqui, não poderia ser uma cópia exata, claro. O sentido de uma vida não está num lugar, não existe. Não está por ser descoberto, mas por ser inventado, não em seus detalhes, mas em seus rastros: ele está por ser construído” (DOUBROVSKY, 1988, p.77). Desta forma, a obra vai se construindo, ofertando ao leitor um desfile de personagens reais, observados através de um olhar atento, que coloca em evidência detalhes significativos, relatados por familiares, amigos, papais, mamães, avós, tios... E, também, através da mídia, como no conto “Os treze de Platão”. As narrativas são carregadas de imagens e reflexões propondo olhares múltiplos e específicos, através dos quais as personagens e os eventos apresentados flutuam entre o “real” e a “ficção”, dando vida e poesia ao texto em um estilo único e criativo de trabalho com a linguagem e com a arte de escrever.


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