Crianças quando se alfabetizam devem se ocupar com o tipo de letra que utilizam? A professora deve incentivá-los a usarem algum tipo em especial? Qual a diferença entre o uso da letra de fôrma e da letra cursiva nos primeiros anos escolares?
Essas e outras perguntas relacionadas com o uso da escrita, no primeiro e segundo ano escolar, são comuns e tem sido feitas com frequência por minhas alunas do curso de Pedagogia.
Tenho respondido que a escolha do tipo de grafia, em sala de aula, pela professora, como modelo às crianças, depende, fundamentalmente, de seu conceito de aquisição da escrita.
Entre as professoras que conhecem e se utilizam das teses de Ferreiro e Teberosky (1995) sobre a aquisição da escrita, o grafema é entendido em um sistema de representação. A escrita, nessa teoria, representa. Desse modo, escrever não é copiar, escrever não é apenas codificar...
As letras: de fôrma ou cursiva?
Ao observar crianças em processo de construção das hipóteses da escrita, é comum perceber que estas se debatem, entre outras questões, com a quantidade e qualidade de letras necessárias e suficientes para escrever quaisquer palavras.
Desse modo, letras de fôrma maiúsculas são as mais adequadas para representar seus conceitos, especialmente porque estão isoladas umas das outras, diferentemente das cursivas, que se apresentam emendadas umas às outras, tornando mais difícil o processo de representação das hipóteses e de visualização dessas quando da leitura.
Acredito que a prioridade que a escola, desde que eu era menina, tem dado ao ensino e aprendizado das chamadas "letras de mão" é uma inversão de valores. Por que?
Porque a escola abre mão do essencial pelo periférico, ou seja, investe na forma em detrimento do conteúdo, dá mais valor ao representado do que ao sentido, informa que é mais imprtante saber traçar do que comunicar.
Penso que escrever não é copiar, escrever é representar, com sinais, o que queremos dizer uns aos ouros. Escrever é usar, sim o sistema. Mas com um objetivo: comunicar, encantar, segredar, poetizar...
E para a poesia, qual a importância do formato da letra?
Pense nisso...
Boa escrita!
Olá! Um "Alfabeto à Parte" foi criado para pensar sobre a leitura literária na escola e na formação de professores.
sábado, 10 de dezembro de 2011
domingo, 4 de dezembro de 2011
Sala de Leitura em homenagem a Erico Verissimo
A Faculdade de Educação, através do Grupo de Pesquisa Escritas, Leitores e História da Leitura vai abrigar, a partir de 17/12/2011, uma sala de leitura em homengem a Erico Verissimo.
Com um acervo de aproximadamente 1.200 títulos, a sala será destinada a consultas, leitura, empréstimos e cursos para formadores de leitura.
O ficcionista gaúcho é pouco referenciado por sua literatura para crianças, apesar de ser um dos mais expressivos escritores neste gênero no Rio Grande do Sul: publicou onze títulos, seis deles editados até hoje. É também responsável pela elaboração e ciurculação de um interessante abecedário (Meu ABC, 1936) que, possivelmente, foi o primeiro livro de leitura de muitas das crianças gaúchas nos anos 30 e 40 do século XX.
A data, escolhida para a inauguração da sala, é a mesma do nascimento do escritor gaúcho. Se vivo, nesta data, Verissimo completaria 106 anos.
Com um acervo de aproximadamente 1.200 títulos, a sala será destinada a consultas, leitura, empréstimos e cursos para formadores de leitura.
O ficcionista gaúcho é pouco referenciado por sua literatura para crianças, apesar de ser um dos mais expressivos escritores neste gênero no Rio Grande do Sul: publicou onze títulos, seis deles editados até hoje. É também responsável pela elaboração e ciurculação de um interessante abecedário (Meu ABC, 1936) que, possivelmente, foi o primeiro livro de leitura de muitas das crianças gaúchas nos anos 30 e 40 do século XX.
A data, escolhida para a inauguração da sala, é a mesma do nascimento do escritor gaúcho. Se vivo, nesta data, Verissimo completaria 106 anos.